Fumaça das queimadas continua a se espalhar, atingindo partes da Argentina, da Bolívia, do Brasil e do Paraguai
Fumaça e queimadas têm devastado o Brasil, e dados do Copernicus, programa de observação da Terra da União Europeia, apontam que o Sudoeste da Amazônia foi a região com as maiores emissões de gases de efeito estufa no planeta, nos últimos cinco anos.
Os dados foram divulgados por Lucas Ferrante, doutor em biologia e pesquisador da USP e da Universidade Federal do Amazonas. As informações são de O Globo.
De acordo com Copernicus, apenas no Brasil, “o número de focos de incêndio atingiu um total de 152 mil em agosto”, um aumento de 103% comparado ao mesmo período de 2023.
A fumaça segue levantando preocupações sobre a qualidade do ar e a saúde pública em várias regiões. Cidades como São Paulo e Rio de Janeiro chegaram a emitir alertas sobre “condições perigosas do ar”.
A Argentina também adotou precauções contra a fumaça, especialmente em caso de chuva. A fumaça já atingiu partes da Argentina, da Bolívia, do Brasil e do Paraguai.
Baixa umidade
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu alerta de baixa umidade, divulgado nesta quinta-feira (12/9), com variação entre 20% e 30%, e baixo risco de incêndios florestais.
As áreas afetadas incluem Goiás, Minas Gerais, Bahia, Paraná, Santa Catarina, Mato Grosso, São Paulo, Curitiba, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Tocantins, Rio Grande do Sul, Ceará, Amazônia, Pernambuco e Distrito Federal.
O aumento de incêndios em áreas de floresta mostra uma mudança de cenário na Amazônia, no qual o clima seco e o calor passaram a influenciar as áreas devastadas pelo fogo em uma floresta até então reconhecida por ser tipicamente úmida.
Os dados divulgados nesta quinta-feira (12) apontam que um terço da área afetada pelas chamas é composta por vegetação nativa, ou seja, áreas que não foram desmatadas e depois incendiadas para limpeza antes de plantio ou criação de gado, como é mais comum na ocupação irregular na região.
